quarta-feira, 28 de maio de 2014

Tic tac

Segundos

Passa tempo, tempo passa
A cada minuto que se arrasta
Pedacinhos, são migalhas
De tempo longe de casa

Casa que bate mais forte
No compasso entre sul e norte
Pulsa, lateja, tenta a sorte
Relaxa, ama, sai da morte

Milésimos, segundos de vida
São o bastante para um amor homicida
Morre pro ódio, nasce pra vida
Renasce, cresce, se eterniza 

E o tempo continua passando
E das promessas que pelo ar mando
Cumpro parte, tento quando
Cada segundo que se arrastando
Me diz pra eu ir no amor durando...








domingo, 23 de fevereiro de 2014

Por uma vida...

Grafado em nanquim


Exagerado, grudado no seu corpo
No seu coração, no seu rosto
Sou assim, sempre de você afim
É minha alma como imã te trazendo pra mim

Tropeços, pedras, não nos levarão
Com você, pro infinito, nos impulsionarão
E estarei lá encantado, vislumbrando
Nosso futuro, nosso presente em fogo brando

Nossa lareira, nossa casa, nosso lar
Hei de estar, em breve concretizar
Guardar nossos momentos lindos
Sentir cada um deles como vivos

Não quero você por uma vida
Te quero pela eternidade de um olhar
A capacidade de um tocar
A vida transmitida num só lugar

Quero desenhar por todo seu corpo
Corações e eu neles envolto
Paixões e eu nele grafado
Em nanquim, com um beijo, tatuado

 


domingo, 19 de janeiro de 2014

Um pedacinho de mim...

Um pedacinho de céu




Tudo o que eu mais quero
O que eu realmente quero por toda vida
É cuidar do meu amor com muito esmero
É amar essa pessoa sem medida

Quero trazer a cada dia 
um pedacinho de cada coisa
Enobrecer o sentimento
Abraçar cada breve momento

Sou um rélis sonhador
Vivo por meio de sonhos
Mas sonhar abastece a alma
Sonhar tatua corações e acalma

Quero ser suficiente
Onipresente, estar na mente
Ficar na sua vida em tempo permanente
Virar seu mundo de repente

Me solidificar em rocha
Torna-me liquido, posto tocha
Ser feliz como terra, céu ou mar
Ser o único pra você amar


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

In town

Megalópole




Sou como aço, ferro, cobre
Existo como papel, papiro nobre
Traço meus caminhos complexos
Por entre meus dedos, acho meu nexo

Construção que se derruba e se constrói
Coração melindroso, pulsa e dói
Tijolo por tijolo se fundi num só
Vidas conjuntas ligadas num único nó

Nó de marinheiro, nó de teia
Cada parafuso, cada pulsar de veia
O sangue passa, a emoção vive
Externaliza a alma inclusive

Sou como rocha, pedra valiosa
Diamante em sua forma mais criteriosa
Difícil de lapidar, fácil de compreender
Megalópole por toda vida, hei de ser