quinta-feira, 7 de novembro de 2013

É terno!



AD AETERNUM

Pode parecer loucura da minha cabeça
Pode ser, num me deixe entontecer
Pode lembrar aquele que eu nunca me esqueça
Pode ser, aquele odor ao anoitecer

Por mais que eu tente, ficou em mim
Por mais que eu invente, você ficou
Por mais que eu fique, você em mim
Por mais que você, em mim ficou

Pela eternidade eu vou voar
Com asas de pássaro a me criar
Rodeado de amor por todo lugar
Por todo lugar que eu tocar

Cria, vive, sempre fica
Meu coração, corpo e alma na tua vida
A aliança mais intensa e mais rica
Aquela que eterniza e se solidifica

Te amo!

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Pra você, por você, com você...


Por tudo que és

Viva a vida intensamente
Sem medo da maturidade que chega
Viva pra sempre 
Em todo o coração que te aconchega

Esteja resplandecente no céu
Sublime sob as ondas do mar
Delicioso como favos de mel
Gigante como sua alma ao amar

Admiração é pouco para seres terrenos
Felicidade é somente um tanto
Amor tomado como se fosse veneno
Sucesso já está nos seus planos

Sorte sou eu que tenho
Viver ao seu lado me enobrece, me renova
Abençoado estou, não me abstenho
De amar, amar, amar, sem volta...

Porque amar é se deixar levar pelo vento 
E o vento se deixar levar pelo som
O som que ecoa pelo tempo
O tempo que se transforma em nosso dom


Pra você, por você, com você... PARABÉNS! Te amo eternamente! ♥


 


segunda-feira, 25 de março de 2013

Polígono abstrato

Por mais que me conheça
Sempre me supreendo com restaurações
A vida nos molda, faz com que nos meça
Em busca de vida, de detalhes, de paixões

Franco mero sobrevivente
Em meio a sentimentos intensos, imenso
Reinvenções intermitentes
Descoberta, felicidade, tremendamente denso

Tudo fica abstrato quando te envolve
Coração sai, explode ao externo
Me pego sonhando, mesmo sóbrio
Fortaleço o meu plano, meu céu eterno

Com você tudo fica abstrato, colorido
Onde tudo possui mais significados
O mundo é pincelado de arco-íris híbrido
Meu ser é tatuado de todos os lados

Paleta de cores trago nas mãos
Deixo-me pintar a nossa terra, nossos vãos
Cada cor iluminada cria uma adjunção
Instantaneamente uma estrela no céu, nossa canção. 





segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Seu sorrir, o teu riso...

O teu riso
 
Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.


Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.


A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.


Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.


À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera , amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.


Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.

Pablo Neruda